sábado, 11 de junho de 2011

O Vendedor de Sonhos, de Augusto Cury

“O ser humano morre não quando seu coração deixa de pulsar, mas quando de alguma forma deixa de se sentir importante. Aprenda que uma pessoa pode ferir seu corpo, mas jamais poderá ferir sua emoção, a não ser que você permita”.


O Vendedor de Sonhos conta uma história inspiradora, nos faz refletir sobre a vida, a morte, e, principalmente, sobre a forma em que vivemos oprimidos pela ordem e pelos valores da sociedade moderna.


No livro, um professor universitário chega a exaustão de suas forças e está à beira do suicídio. Policiais e um renomado psicólogo tentam em vão impedir. Contudo, é um homem desconhecido e maltrapilho que o convencerá de desistir do ensejo. Este homem misterioso se intitula o Vendedor de Sonhos, e o convoca a vender sonhos para as pessoas garantindo que é isso que irá salvar a humanidade.


Assim, entramos na história de vez, através de grandes ensinamentos, muita beleza e emoção. No desenrolar da história o vendedor de sonhos vai ganhando vários discípulos, que estão dispostos a largar toda sua vida para seguir este homem que mal conhecem, mas ganha também inimigos, como a mídia e grandes empresas.


Na trajetória do vendedor de sonhos, os leitores irão rir, chorar, se emocionar e refletir. O autor, Augusto Cury, leva o leitor a um mundo ainda pouco conhecido para a maioria das pessoas, suas emoções e seus sentimentos e desejos.


É, com certeza, um daqueles livros que com certeza vale a pena ser lido mais de uma vez. Após o término da leitura, a única certeza que eu tive era de que nosso mundo realmente precisa de vendedores de sonhos! Recomendo a leitura, é certeza que você irá despertar para muitas sensações que estavam adormecidas. E mesmo com a didádica de "auto-ajuda", gostei do livro.

Leia, se encante, e torne-se um Vendedor de Sonhos!

Os Sete, de André Vianco

Os Sete é um romance do autor brasileiro André Vianco, publicado em 2000 de maneira independente (o autor usou seu FGTS para produzir mil exemplares, que demorou quase um ano para ser vendido). No ano seguinte, a Editora Novo Século passou a publicar a obra, que logo alcançou as listas de mais vendidos no país.


O livro é seguido por Sétimo e O Turno da Noite (série sub-dividida em Os Filhos de Sétimo, Revelações e O Livro de Jó).


Eu o descobri há muito tempo, logo que lançado pela Editora. Além da capa muito bonita e marcante, o que me chamou mais a atenção foi o fato do escritor ser brasileiro. Não vemos livros de ficção escritos por brasileiros. Eu tinha de valorizar a nossa cultura e comprei na mesma hora.


Não me arrependi um minuto sequer, e depois da minha propaganda boca a boca na época, tive alguns amigos viciados nas obras do autor.


Nessa obra, uma caravela portuguesa naufragada há séculos no litoral brasileiro, foi encontrada por mergulhadores, entre eles nossos protagonistas Tiago e Eliana. Dentro dela, uma caixa de prata velada com sete cadáveres acusados de bruxarias que foi levada para que uma equipe do departamento de história de uma universidade a estudasse.


Os universitários, mesmo contra as advertências grafadas na caixa, violam-na e decidem estudar os corpos, encontrados em perfeito estado de conservação. Tudo vai muito bem, até que um dos vampiros acorda…


Aos poucos, André Vianco apresenta os vampiros “Inverno”, “Acordador”, “Tempestade”, “Lobo”, “Espelho”, “Gentil” e por fim “Sétimo”, o mais temido. Eles possuem poderes sobrenaturais que vão além da vida eterna, força e velocidade sobre-humana.


A história prende do início ao fim, principalmente por nos situarmos nela, já que o desenrolar da trama se dá nas cidades brasileiras, em pontos que conhecemos. Sem mencionar a leveza da escrita, a forma como André Vianco descreve os acontecimento, em especial o choque dos vampiros com as novidades tecnológicas de nosso tempo.


Se você já gosta de livros de ficção, de vampiros, se gostou da saga Crepúsculo, vai gostar também deste livro. Após ler Os Sete, posso assegurar que você vai querer ler a série inteira o quanto antes.

Travessuras da Menina Má, de Mario Llosa

O livro Travessuras da Menina Má conta uma história de encontros e desencontros entre dois amantes através de quatro décadas, ao mesmo tempo em que traça um panorama de transformações sociais e políticas ocorridas na Europa e na América Latina.


Mario Llosa escreve uma história de amor, um amor moderno, condicionado pelo mundo em que vivemos e que está muito mais próximo da realidade do que os amores românticos da literatura. Uma leitura que me lembrou muito o filme Closer – Perto Demais, justamente pela desmistificação do amor.


Logo no início, conhecemos o jovem Ricardo Somocurcio, nos anos 50, em Lima - Peru, e a estonteante e misteriosa “chilena” Lily. Ricardito se apaixona na mesma hora, mas depois de descobrir que, na verdade, ela é peruana e de origem humilde, ele a perde de vista.

Passa o tempo e o jovem peruano vê realizado o sonho que sempre alimentou: o de viver em Paris, mas ainda assim não consegue esquecê-la.


Ricardo se torna um intérprete da ONU sem grandes ambições, e Lily uma mulher aventureira e manipuladora que vive mudando de nome e de marido conforme as conveniências.


Os dois se reencontram ao longo da vida, em diferentes momentos e em várias cidades do mundo (na Paris revolucionária dos anos 60; na Londres das drogas, da cultura hippie e do amor livre dos anos 70; na Tóquio dos grandes mafiosos; e na Madri em transição política dos anos 80).


Lily sempre aparece para tumultuar a vida do seu eterno apaixonado, e Ricardito, o Bom Menino, mesmo sempre prometendo não cair mais em seu joguinho, sempre se deixa seduzir.


Uma paixão arrebatadora, que mexe com os sentimentos do leitor. Uma hora odiamos a menina má, em outras torcemos desesperadamente por ela.


Acho que todas as mulheres gostariam de ter o poder de sedução que possui a menina má e desejariam encontrar o seu bom menino

sábado, 4 de junho de 2011

A Menina que Não Sabia Ler, de John Harding

Quando comecei a ler "A Menina que Não Sabia Ler", de John Harding, fiquei impressionada. A história da pequena garotinha, Florence, e seu irmãozinho Guiles, me cativou de tal forma que eu simplesmente não queria fazer outra coisa.

As aventuras e os mistérios em que a trama nos envolvia a cada página, e o amor e a preocupação de Florence por seu irmão me prendiam e me faziam adorar nossa heroína.

Ela era uma personagem especial, para mim, que enfrentou todos os preconceitos da época e as ordens do tio, quando maravilhada encontrou a grande biblioteca na casa, e sozinha aprendeu a ler... Ela me fascinava, e com isso o livro me prendia e me encantava.

E quando livros assim me prendem, leio tão rápido, que rapidamente chega ao fim. E foi quase aí que ele me decepcionou. Além do fato de John Harding ter deixado muito dos mistérios sem soluções, o que eu não gosto, a "minha" heroína conseguiu decepcionar-me.

Não era o final que eu desejava, embora possa dizer que seria "e foram felizes para sempre"... Mas, com minha mente sempre um pouquinho à frente, imaginando o que viria a cada página, e a adoração que eu tinha criado por Florence, não pude deixar de odiar o livro.

Mas ainda assim, recomendo. Nem todos fantasiam como eu, ou criam tal identificação com a personagem. Ou muitos até acharão a atitude dela especial. Então, esquecendo este fato que não irei narrar aqui, para não perder a graça, fica a dica: O livro é bom, mas me decepciona no final.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Um pouco mais do que andei lendo esses dias

"Romântica pra Cacete" - Tati Bernardi


"A vida é complicada. E a vida é complicada porque nós mulheres romantizamos tudo, ou quase tudo. Ou justamente o que não deveríamos.
(...)
Onde está você, pelo amor de Deus? Onde está você? Não vê que estou cansada de pertencer a todos e não ser de ninguém? Não vê que minha devolução me enfraquece cada vez mais em me entregar? Não vê que na loucura de te encontrar, não meço as entregas?
(...)
Eu nunca deixo de procurar você. Eu nunca deixo de acreditar que você exista, e eu nunca deixo de acreditar que você faz o mesmo, a minha espera"


E, agora com minhas próprias palavras, sei que romantizo tudo mesmo, e que sempre desejei um príncipe encantado. Mas príncipes só existem em Contos de Fadas e Novelas da Globo. Sei de tudo isso. Mas ainda assim, continuo romantizando. Continuo acreditando. Não consigo imaginar que graça a vida teria se eu soubesse que você também não estaria me procurando, me esperando, e que um dia essa busca iria acabar...

Texto meu, inspirados após muitas leituras, filmes, e lágrimas!

Bom, esses dias passei por muitas coisas em minha vida, quis desistir de tudo, quis me prender a qq coisa que me alegrasse, quis uma mudança radical, quis desesperadamente que nada mudasse...

Dizem que é assim a TPM de uma mulher, que ela não sabe bem o que quer... Mas no fundo, tem um trecho de "Quem quer por um terno no Macaco" de Tati Bernardi que diz exatamente o que sinto: "Você disfarça, a vida toda disfarça. Para não parecer fraco, para mão parecer louco(...) Você passa a vida cego para poder viver. Porque enxergar tudo de verdade dói demais e enlouquece, e logo acaba sozinho."

Andei lendo muito, e vendo muitos filmes, e olhando alguns sites... Nesse mesmo texto de Tati, logo no começo, diz assim: "Mas a verdade é que eu odeio o equilíbrio. Porra, se eu tô puta, eu tô puta! Se eu tô com ciúmes, não vou sorrir amarelo e mostrar controle porque preciso parecer forte e bem resolvida"

Palavrões a parte, mas tinha de ser fiel a autora, é bem assim que me sinto. Não sou forte, não estou bem resolvida. Não sei o que quero, ou sei mais do que nunca o que quero, mas aprendi a disfarçar. Tentei até disfarçar de mim mesmo. E hoje eu me pergunto, do que isso adianta?
 
Sejamos fiel aos nossos sentimentos, mesmo que isso signifique que a gente admita, não estamos sempre felizes, choramos às vezes, sentimos falta, temos vontade de abandonar o trabalho, detestamos a nossa vida (só as vezes, pq nos outros dias a amamos mais do que qq coisa)... e o principal, o que sonhamos para a nossa vida, há uns dez anos atrás, não aconteceu, simplesmente. 

Mas e daí? Podemos começar a sonhar novos sonhos e novos planos agora. Que "teoricamente", e com bastante ênfase a isso, estamos mais maduros e sabemos melhor fazer nossas escolhas, saber o risco de nossas atitudes....

O amor do Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry

Fazendo hora numa livraria, sem intenção alguma de comprar livros, pois estou com dois engatilhados, descobri uma maravilha, para os fãs do Pequeno Príncipe.


São publicadas cartas inéditas de Antoine de Saint-Exupéry, no auge de seus 43 anos, apaixado por uma moça, que não atende aos seus chamados. Para tentar conquistar a moça, Antoine recorre ao nosso amado Principezinho, que assina as doces e melancólicas cartas.


O amor do Pequeno Príncipe, cartas a uma desconhecida é um livro curto, bem mais curto que o livro do Pequeno Príncipe mesmo, mas para quem é apaixonado pelo personagem, como eu, vale a pena vê-lo mais uma vez, em imagens inéditas e em sua confusão psicológica.


“Os contos de fadas são assim. Uma manhã, a gente acorda e diz: ‘Era só um conto de fadas…’ E a gente sorri de si mesmo. Mas, no fundo, não estamos sorrindo. Sabemos muito bem que os contos de fadas são a única verdade da vida.”


Nele aparece também a “menininha”, desenho que o autor cria para ser sua amiga, tal como o Principezinho, já que sua amada não demonstra interesse por ele. “Ela nunca está em casa quando lhe telefono […] Estou muito zangado!”


É lindo, porém curto. Fiquei com a sensação de quero mais. Mas ainda sim, por ser tão fã dele, gostei e comprei na mesma hora. Muito bom ter um pouquinho mais dele, mesmo que seja só um pouquinho mesmo.