sábado, 11 de junho de 2011

Travessuras da Menina Má, de Mario Llosa

O livro Travessuras da Menina Má conta uma história de encontros e desencontros entre dois amantes através de quatro décadas, ao mesmo tempo em que traça um panorama de transformações sociais e políticas ocorridas na Europa e na América Latina.


Mario Llosa escreve uma história de amor, um amor moderno, condicionado pelo mundo em que vivemos e que está muito mais próximo da realidade do que os amores românticos da literatura. Uma leitura que me lembrou muito o filme Closer – Perto Demais, justamente pela desmistificação do amor.


Logo no início, conhecemos o jovem Ricardo Somocurcio, nos anos 50, em Lima - Peru, e a estonteante e misteriosa “chilena” Lily. Ricardito se apaixona na mesma hora, mas depois de descobrir que, na verdade, ela é peruana e de origem humilde, ele a perde de vista.

Passa o tempo e o jovem peruano vê realizado o sonho que sempre alimentou: o de viver em Paris, mas ainda assim não consegue esquecê-la.


Ricardo se torna um intérprete da ONU sem grandes ambições, e Lily uma mulher aventureira e manipuladora que vive mudando de nome e de marido conforme as conveniências.


Os dois se reencontram ao longo da vida, em diferentes momentos e em várias cidades do mundo (na Paris revolucionária dos anos 60; na Londres das drogas, da cultura hippie e do amor livre dos anos 70; na Tóquio dos grandes mafiosos; e na Madri em transição política dos anos 80).


Lily sempre aparece para tumultuar a vida do seu eterno apaixonado, e Ricardito, o Bom Menino, mesmo sempre prometendo não cair mais em seu joguinho, sempre se deixa seduzir.


Uma paixão arrebatadora, que mexe com os sentimentos do leitor. Uma hora odiamos a menina má, em outras torcemos desesperadamente por ela.


Acho que todas as mulheres gostariam de ter o poder de sedução que possui a menina má e desejariam encontrar o seu bom menino

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